Brasília - O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Mike Hammer, disse na quinta-feira (27/1) que a visita do presidente norte-americano, Barack Obama, ao Brasil em março é um reconhecimento ao status internacional conquistado pelo país. "A viagem é parte de nosso engajamento com o nosso próprio hemisfério", disse Hammer."É também um reconhecimento do importante status e contribuição internacional do Brasil."
A viagem é a primeira de Obama à América do Sul e incluirá também visitas ao Chile e a El Salvador. Antes, o presidente norte-americano fará viagens ao Oriente Médio e à Europa. A viagem ao Brasil deverá ocorrer na segunda quinzena de março. "Estamos trabalhando com os governos desses países para finalizar os detalhes", afirmou Hammer.
No Brasil, o Obama deverá se reunir com a presidenta Dilma Rousseff para tratar de áreas de interesse conjunto. Dilma tinha uma viagem planejada aos Estados Unidos em março, mas, diante da mudança de agenda, a visita acabou cancelada.
O porta-voz americano disse que Dilma já manifestou interesse em ampliar a parceria com os Estados Unidos e que o governo americano espera "embarcar no que, acreditamos, pode ser um esforço cooperativo muito frutífero para os dois países".
"Acreditamos que há muitos interesses comuns com o Brasil nos quais poderemos trabalhar juntos, e esse será o propósito desta viagem", disse. "A relação com o Brasil é uma relação importante que queremos desenvolver e ampliar."
Hammer citou entre as áreas de interesse o uso de energia limpa, alternativas para o estímulo ao crescimento global e os esforços de assistência ao Haiti.
A expectativa era que Obama viesse ao Brasil desde o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas uma série de empecilhos adiaram a viagem. Hammer evitou, porém, falar sobre um suposto distanciamento entre os dois países durante o governo Lula.
"Não quero comparar o que poderia ter sido, ou deveria ter sido", disse. "Queremos aproveitar essa oportunidade para continuar uma parceria forte. Nós já tínhamos uma relação boa e sólida com o presidente Lula em seu governo."