Brasília - Depois de seis horas detido em dependências policiais da cidade de Santa Clara, em Cuba, o dissidente político Guillermo Fariñas foi libertado nesta quinta-feira (26/1) à noite. Em outubro de 2010, Fariñas foi homenageado pelo Parlamento Europeu com o Prêmio Sakharov, que defende a liberdade de pensamento. O dissidente já fez 23 greves de fome.
Fariñas afirmou ter sido detido com mais 22 pessoas por agentes da polícia cubana. Segundo ele, o grupo foi acusado de escândalo público ao participar de um protesto contra a ação de despejo de uma mulher grávida e mãe solteira de duas crianças. A mulher, de acordo com ele, estava morando com os filhos em uma casa abandonada.
O dissidente disse que a maior parte dos detidos pertence ao Fórum Antitotalitário Unidos, liderado por ele em Santa Clara, e da Coligação Central Opositora, além de outros quatro cidadãos que não integram organização alguma.
Fariñas afirmou que não foi maltratado pela polícia, que depois o encaminhou para casa. O psicólogo e jornalista opositor ao regime de Cuba ficou 135 dias sem comer, no ano passado, em protesto contra a morte do dissidente Orlando Zapata, que morreu depois de 80 dias em greve de fome.