Washigton - Um alto funcionário da Organização de Estados Americanos (OEA) estimou nesta quarta-feira (25/1) que a retirada de um candidato no Haiti seria "positiva", porque daria "clareza" à crise, mas disse que o organismo desconhece se o governista Jude Célestin retirou-se da disputa.
Se um candidato saísse "isso afetaria a situação política, no sentido de que o processo eleitoral teria dois candidatos que avançam", disse a jornalistas o secretário-geral adjunto da OEA, Albert Ramdin, no final de uma reunião extraordinária do organismo sobre a crise eleitoral no Haiti.
"Seria positivo apenas porque então haveria clareza sobre quem continua", disse Ramdin, que, no entanto, disse à OEA não ter conhecimento oficialmente sobre a retirada de Célestin, anunciada nesta quarta-feira por seu partido Inité.
Em todo caso, a OEA "respeitaria" uma decisão dessas por parte de qualquer candidato, disse Ramdin.
A OEA reuniu-se nesta quarta-feira a portas fechadas por cerca de cinco horas, emitindo uma declaração na qual afirma seu "pleno apoio e compromisso com o marco constitucional, o processo democrático, a paz e a estabilidade no Haiti".
Uma missão de especialistas da OEA questionou os resultados do primeiro turno das eleições de novembro, e recomendou descartar Célestin, candidato do atual presidente, René Preval, no segundo turno, em favor de Michel Martelly, para que este último enfrente Mirlande Manigat nas urnas.
O segundo turno, previsto para 16 de janeiro, foi suspenso indefinidamente, quando se aproxima a data na qual o presidente Préval devia inicialmente entregar o cargo, em 7 de fevereiro.