PARIS - É preciso "reforçar as sanções" contra o Irã, afirmou nesta segunda-feira em Paris o presidente francês Nicolas Sarkozy, dois dias depois do fracasso das negociações multilaterais de Istambul sobre o programa nuclear iraniano - provocado, segundo a França, pela própria República Islâmica.
"As sanções começam a surtir efeito. É preciso reforças as sanções", declarou Sarkozy.
Indagado sobre um recurso à força para obrigar Teerã a parar com o enriquecimento de urânio, que pode levar à fabricação de armas atômicas, o presidente francês respondeu que "a política da França é de suma reserva ante o princípio de uma intervenção militar".
Seis resoluções da ONU, entre elas quatro incluindo sanções econômicas e políticas, já foram adotadas contra o Irã.
As conversações de Istambul entre o Irã e as grandes potências mundiais terminaram no sábado com uma nota de fracasso.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, que atua como intermediária nas negociações de sexta e sábado entre o grupo 5%2b1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha) e o Irã sobre o programa nuclear iraniano, declarou-se "decepcionada" ao término do encontro.