BEIRUTE - A Arábia Saudita abandonou nesta quarta-feira seus esforços de mediação junto com a Síria na crise política do Líbano.
Riad, que apoia o primeiro-ministro em exercício Saad Hariri, e Damasco, que apoia o campo do Hezbollah xiita, tentava há meses acalmar a tensão neste país dividido em torno do tribunal da ONU encarregado de julgar os autores do assassinato em 2005 do ex-primeiro-ministro sunita Rafic Hariri.
A Arábia Saudita considera que a situação no Líbano é perigosa e abandonou os esforços de mediação conjunta com a Síria na crise política libanesa, anunciou o chanceler saudita Saud al-Faisal.
Em uma entrevista ao canal Al-Arabiya, o ministro das Relações Exteriores saudita também advertiu que existe o risco de "divisão" do país.
O chanceler explicou que o rei Abdullah manteve contato direto com o presidente sírio Bachar al-Assad "para chegar a uma solução global do problema libanês, mas isto não teve resultados".
"Assim, o monarca se retirou dos esforços de mediação", disse.
O príncipe Saud considera que a situação no Líbano é "perigosa" depois da apresentação do documento de acusação ao Tribunal Especial para o Líbano (TEL) sobre o assassinato do ex-premier Rafic Hariri.