Mais uma vez, o caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani, mulher iraniana condenada por adultério e por participação na morte do marido, provoca controvérsia e é alvo de declarações desencontradas dentro do próprio governo da República islâmica. Primeiramente, a Justiça iraniana havia condenado Sakineh à morte por apedrejamento, mas uma grande mobilização internacional fez com que as autoridades do país suspendessem a condenação e reavaliassem o caso. Posteriormente, ela foi condenada à morte por enforcamento, mas, de novo, o caso está sendo reexaminado.
No entanto, ontem, a deputada Zohre Elahian, anunciou que escreveu uma carta à presidente Dilma Rousseff, que fez críticas à situação dos direitos humanos no país persa. A parlamentar, presidente da comissão de direitos humanos do Parlamento iraniano, disse que a pena de enforcamento também foi suspensa, devido a apelos dos filhos de Sakineh. De acordo com a parlamentar, a pena teria sido transformada em 10 anos de prisão.
O Itamaraty confirmou que a carta endereçada a Dilma foi entregue na Embaixada do Brasil em Teerã, mas não informou sobre seu conteúdo. Uma autoridade judicial iraniana desqualificou os comentários da deputada Elahian. ;Não aconteceu nenhuma mudança nem desenvolvimento no processo do caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani e a publicação de qualquer notícia a esse respeito é falsa;, disse Malek Ajdar Sharifi, autoridade na província onde o caso foi ouvido, segundo a agência de notícias oficial Irna