Ramallah - O ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al-Malki, disse neste domingo que a maioria dos países do mundo, entre eles os da UE, reconhecerão em 2011 a Palestina como Estado, após uma reunião com a chanceler espanhola.
"A ministra espanhola (Trinidad Jiménez) me disse que a União Europeia irá reconhecer um Estado palestino no início de setembro" de 2011, declarou Malki aos jornalistas, sem informar quando ocorreu esta conversa com Jiménez.
"Caso a União Europeia (UE) não o faça, a Espanha será o primeiro país a reconhecer um Estado palestino", garantiu.
Malki disse ainda que, antes do fim de setembro, "a maioria da comunidade internacional irá reconhecer um Estado palestino independente".
O Chile reconheceu na sexta-feira a Palestina como um Estado "livre e independente", seguindo outros países da América Latina.
Em dezembro, Brasil, Argentina, Bolívia e depois Equador reconheceram a Palestina como um "Estado livre e independente no interior das fronteiras de 1967", ou seja, o traçado da fronteira antes da guerra dos Seis Dias.
O Uruguai anunciou que fará o mesmo em 2011, sem informar em que fronteiras. Cuba, Venezuela, Nicarágua e Costa Rica já reconhecem o Estado palestino.
Malki indicou que a Autoridade Palestina se esforça para obter o reconhecimento do México e de outros países da América Central e do Sul.
Esta onda de reconhecimentos latino-americanos alarmou Israel e suscitou a reprovação de Washington, para quem "qualquer ação unilateral é contraproducente", segundo o departamento de Estado.