Londres - Ares de modernidade? Medidas de segurança? Alergia aos cavalos? A imprensa britânica, fascinada com o casamento de William e Kate, especulava nesta quinta-feira (6/1) sobre a mudança de protocolo da noiva, que chegará à Abadia de Westminster de carro, não de carruagem.
Os jornais criaram diversas hipóteses, e os muitos especialistas em realeza no país tentam explicar a escolha de Kate Middleton de chegar à cerimônia de 29 de abril de automóvel, por mais luxuoso que seja.
A mãe do príncipe William (a princesa Diana), sua avó (a rainha Elizabeth II) e sua bisavó (a "rainha mãe") usaram carruagem, lembram os historiadores.
O Daily Telegraph citou Dickie Arbiter, ex-secretário particular da rainha, que considerou esta opção "incomum", e a redatora chefe da Majesty Magazina, Ingrid Seward, que a qualificou de "vergonha absoluta".
Seward explicou que a decisão frustrará os milhares de curiosos que esperarão ao longo do percurso neste dia, declarado feriado.
"Faz parte da história ver a noiva e seu pai em uma carruagem. Um automóvel não é exatamente o mesmo. Seja por motivos de segurança ou por escolha da noiva", acrescentou.
O Daily Mirror cita a mesma especialista, para quem "a razão poderia a alergia provável de Kate a cavalos".>
"Ao menos poderá chegar sem se sentir mal", comentou ao Times Hugo Vickers, biógrafo dos Windsor, ressaltando o desconforto da vacilante "carruagem de cristal", construída em 1881 e utilizada nos casamentos reais.
De acordo com um conselhero anônimo do casal no Daily Express, Kate "queria uma chegada discreta, compatível com o seu status de Srta. Middleton, e uma saída esplendorosa, digna de uma princesa".
Para o Daily Mail, seria uma mistura de "modéstia", modernidade e economia.
Os puristas, entretanto, poderão consolar-se com o percurso entre a Abadia e o Palácio de Buckingham, que os recém-casados realizarão na carruagem, respeitando o "itinerário tradicional".