Uma "espiã americana" foi detida há uma semana no Irã, na fronteira com a Armênia, quando tentava entrar sem visto em território iraniano, informou a agência semioficial Fars, citando fontes não identificadas.
"A mulher de 55 anos, que tentava entrar no Irã a partir da Armênia, sem visto, possuía materiais de espionagem (microfones) implantados nos dentes", acrescentou a Fars.
"A mulher, identificada como Hal Talayan, foi detida por agentes de segurança em Nordouz (noroeste do Irã)", informou.
A notícia, divulgada na quarta-feira por dois sites ultraconservadores, e retomada nesta quinta por alguns jornais, não foi confirmada imediatamente pelas autoridades, nem pelos meios oficiais.
"Ao ser detida, a americana declarou aos homens da segurança que se retornasse à Armênia, seria assassinada por agentes" no país, acrescentou a FARS.
O Irã mantém detidos desde julho de 2009 dois americanos - Shane Bauer e Josh Fattal, ambos com 28 anos.
Os dois foram capturados na fronteira com o Iraque que, segundo eles, teriam cruzado por descuido, ao fazerem uma caminhada nas montanhas do Curdistão iraquiano.
Outra americana, detida junto com eles, Sarah Shourd, 32 anos, foi libertada sob fiança por motivos de saúde em setembro e está atualmente em seu país.
Apesar de Washington desmentir que se tratasse de espiões e da solicitação para sua libertação, os três americanos foram acusados de espionagem pela justiça iraniana e deverão comparecer e um tribunal no dia 6 de fevereiro.
A situação dos três americanos é motivo de debates no Irã. A autoridade judicial adotou atitude severa.
Dois jornalistas alemães que entraram no Irã com visto turístico para investigar o caso de uma iraniana condenada à morte por apedrejamento estão detidos desde outubro em Tabriz (noroeste do Irã).
No país, é preciso um visto de imprensa para realizar atividades jornalísticas.
Segundo as autoridades iranianas, prosseguem as investigações sobre os três americanos.