O governador de Punjab, a província politicamente mais importante do Paquistão, foi assassinado por um de seus guarda-costas nesta terça-feira, em Islamabad, aparentemente por sua postura mais moderada em relação a leis mais conservadoras.
Salman Taseer era uma das vozes políticas mais moderadas do Partido do Povo do Paquistão (PPP, situação), que esta semana mergulhou em uma grande crise política quando seu parceiro político deixou o governo federal.
Ele era abertamente contrário aos talibãs e outros militantes islamitas refugiados no noroeste do país, e que têm feito invasões a Punjab nos últimos anos, e mais recentemente, contra leis contra a blasfêmia.
O ministro do Interior Rehman Malik disse que o assassino era membro da equipe de segurança de Taseer, e que rapidamente confessou o crime e havia, aparentemente, trabalhado para o governador em cinco ou seis ocasiões.
"Ele confessou ter matado o governador porque ele chamou a lei de blasfêmia uma lei negra", disse Malik.
"Ele confessou seu crime e entregou sua arma para a polícia depois do ataque", acrescentou, em declarações a jornalistas.
A controvertida lei sobre a blasfêmia tem sido o centro das atenções nas últimas semanas, depois que uma camponesa, uma cristã mãe de cinco filhos, foi condenada em novembro à pena de morte por ter blasfemado contra o profeta Maomé.
A mulher apelou da sentença e espera a decisão do alto tribunal de Lahore, capital da província de Punyab.
Inúmeros países e organismos internacionais, assim como o Papa Bento XVI e diferentes políticos e associações paquistanesas, pressionaram o presidente Zardari para que a indulte e modifique a lei.
Os disparos contra o governador, feitos à luz do dia, ocorreram enquanto paquistaneses almoçavam ou tomavam café em bares vizinhos.
Cápsulas deflagradas cobriam a rua em frente ao mercado Kohsar, no setor F6 de Islamabad, a pouca distância de onde Taseer tinha casa, disseram testemunhas.
O chefe de administração local, Amir Ahmad Ali disse que Taseer morreu no hospital, após ter sido ferido no tiroteio.
"Eu estava no mercado. Ouvi um disparo e caí no chão", disse Shaukat, de 28 anos, um trabalhador do local, ainda aterrorizado com o que aconteceu.
"Logo após, enquanto corria para me abrigar, eu vi um homem de uniforme send