Jerusalém - Vários ministros trabalhistas ameaçavam neste domingo (2/1) abandonar o governo de direita de Benjamin Netanyahu caso permaneça o bloqueio do processo de paz com os palestinos.
"Atualmente, este governo está em ponto morto", declarou à imprensa o ministro das Minorias, Avishai Braverman, antes da reunião semanal do gabinete.
Braverman defendeu uma reunião dos trabalhistas em janeiro para decidir a permanência no governo liderado pelo Likud.
Os trabalhistas "devem tomar uma decisão clara". "Com negociações diretas (com os palestinos) ficamos no governo, do contrário, saímos", disse Braverman.
Outro ministro trabalhista, Yitzhak Herzog, das Relações Sociais, destacou que "o premier deve compreender que a estabilidade de seu governo está em risco".
Herzog também apoia a convocação de uma reunião urgente dos trabalhistas para, inclusive, substituir seu atual líder, o ministro da Defesa, Ehud Barak, porque "sua estratégia (...) fracassou".
As negociações diretas de paz entre israelenses e palestinos, retomadas em 2 de setembro, foram suspensas três semanas depois, quando Israel rejeitou o pedido dos palestinos para prorrogar a moratória sobre a colonização na Cisjordânia.