Nova York - As autoridades municipais de Nova York receberam duras críticas pela má gestão após o caos provocado pela tempestade de neve que passou pela cidade.
"A resposta (de Nova York) foi inaceitável", declarou, durante entrevista coletiva, Christine Quinn, presidente do conselho municipal, que anunciou a decisão de convocar uma sessão especial sobre o caso.
"Estamos recebendo queixas de todas as partes de gente que ainda não tinha visto um (veículo) tira neve no dia seguinte à nevasca. Esta é a pior atuação de que posso me lembrar", acrescentou Quinn.
A tempestade começou na tarde de domingo e durou mais de 24 horas, deixando a cidade coberta com uma camada de mais de 80 centímetros de neve.
Os trabalhos de limpeza começaram na terça-feira, mas bairros inteiros como Brooklyn, Queens e Bronx não viram passar nem um tira neve sequer em todo o dia, o que fez com que centenas de ruas ficassem bloqueadas, impedindo o tráfego.
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, explicou em entrevista coletiva que as equipes de limpeza continuam trabalhando e assegurou que a prioridade era permitir a passagem de ambulâncias.
"A situação é complicada, ninguém diz que é fácil, mas fazemos todo o possível", afirmou Bloomberg.
O jornal The New York Times noticiou que vários cidadãos sofreram graves problemas médicos pela lentidão com que as ambulâncias atenderam às chamadas.
Segundo o periódico, no Brooklyn, uma mulher que sofreu um acidente vascular cerebral esperou seis horas pelos serviços de emergência, enquanto outra mulher, grávida, perdeu o bebê, após aguardar mais de dez horas para ser atendida.
Os nova-iorquinos denunciaram em meios de comunicação e blogs que Nova York procede a um corte de empregos nos serviços municipais previsto para os próximos meses, após as mais de 400 demissões dos últimos anos.