Pequim - O governo da China considerou nesta quarta-feira "infundadas" as críticas do Vaticano sobre uma assembleia da Igreja Católica oficial chinesa, que não é reconhecida pelo Papa.
"As acusações de atos inaceitáveis e hostis do Vaticano, formuladas após a oitava assembleia de representantes católicos chineses, são um ataque contra a liberdade religiosa na China", disse um porta-voz do governo.
"Este comportamento do Vaticano é extremamente imprudente e completamente infundado", completou.
O Vaticano destacou na sexta-feira que lamentava profundamente a reunião, "imposta a vários bispos, padres, religiosos e fiéis", por considerar que a maneira como foi "convocada" e "dirigida" representava "uma atitude repressiva em relação ao exercício da liberdade de religião que (o Vaticano) considerava coisa do passado".
Os católicos chineses são calculados em 5,7 milhões, segundo dados oficiais, divididos entre a Igreja oficial, que tem o clero dependente das autoridades políticas, e uma Igreja não reconhecida chamada de "subterrânea", que baseia sua legitimidade na obediência ao Papa.