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ONU: missão na Costa do Marfim é cada vez mais perigosa

Paris - O secretário-geral adjunto da ONU responsável pelas operações de paz, Alain Leroy, afirmou que a missão das Nações Unidas na Costa do Marfim é cada vez mais perigosa, em uma entrevista ao jornal francês Le Figaro.

"Nossa missão é cada vez mais perigosa, mas não vamos renunciar", disse Leroy, antes destacar a determinação de "prosseguir com nosso mandato, que é principalmente a proteção da população e das autoridades políticas".

O secretário explicou que o campo do presidente Laurent Gbagbo - que é pressionado para admitir a derrota eleitoral - age contra o fornecimento de petróleo e alimentos da missão da ONU.

"Ainda temos reservas, mas a situação se torna cada vez mais difícil e perigrosa", disse.

"As forças de Gbagbo perseguem nossos homens em suas casas para forçá-los a deixar o país e a RTI (Rádio e Televisão marfinense) multiplica as mensagens de ódio e os pedidos de ataque à ONUCI", completou, em referência à missão das Nações Unidas na Costa do Marfim.

De acordo com Leroy, Gbagbo tem uma força de 20 mil homens, incluindo Exército, Guarda Republicana, polícia e mercenários da Libéria.

A ONUCI (10 mil homens) estabeleceu posição ao redor do Golf Hotel - onde está abrigado o rival de Gbagbo, Alassane Ouattara - e patrulha a cidade de Abdijan.