Jornal Correio Braziliense

Mundo

EUA ordenam saída de pessoal de embaixada na Costa do Marfim

Washington - Os Estados Unidos ordenaram, este domingo, a retirada de todo o pessoal não necessário de sua embaixada na Costa do Marfim, assim como de suas famílias, diante da crescente violência pós-eleitoral neste país africano, informou o Departamento de Estado,

Fazendo alusão à "deteriorada situação política e de segurança", assim como o "crescente sentimento antiocidental" na Costa do Marfim, onde morreram pelo menos 50 pessoas por causa da crise, o Departamento de Estado aconselhou os cidadãos americanos a evitarem viajar para o país.

Este domingo, o Canadá se uniu ao apelo da comunidade internacional para pedir a Laurent Gbagbo que ceda o poder ao seu adversário, Alassane Ouattara, sob a ameaça de aplicar sanções econômicas à Costa do Marfim e à sua família.

"O Canadá não reconhece o governo de Gbagbo, que foi nomeado de forma ilegítima. Gbagbo deve respeitar a vontade democrática do povo marfinense e ceder, imediatamente, o poder a Ouattara", disse, em comunicado, o ministro das Relações Exteriores, Lawrence Cannon.

"Se rejeitar, o Canadá tem a intenção de tomar diferentes medidas contra Gbagbo, sua família e seu entorno, inclusive sanções econômicas e restrições de viagens", disse o chefe da diplomacia canadense.

Laurent Gbabgo e Alassane Ouattara disputam o poder, após se autoproclamarem vencedores do segundo turno das eleições presidenciais de 28 de novembro, o que desencadeou incidentes entre seus partidários que provocaram a morte de pelo menos 50 pessoas.

Estados Unidos, União Europeia, França e outros países da comunidade internacional têm exigido a Gbabgo, no poder há dez anos, que reconheça a derrota para Ouattara, ameaçando aplicar sanções econômicas à Costa do Marfim.