Roma - A justiça italiana anunciou nesta quinta-feira (16/12) a abertura de uma investigação judicial de nove pessoas pelos desabamentos ocorridos em novembro de vários muros do famoso parque arqueológico de Pompeia, um dos mais visitados da Itália.
Entre as pessoas investigadas estão Pietro Giovanni Guzzo, ex-diretor do parque, e Antonio Varone, atualmente responsável pelas escavações.
Há três semanas, a "Casa dos Gladiadores" desabou, suscitando uma onda de indignação e temores a respeito da preservação do imenso patrimônio arqueológico e artístico da Itália.
No fim de janeiro, um muro de doze metros que protege a "Casa do Moralista" também foi ao chão.
Em ambos os casos, as causas dos desabamentos não foram divulgadas oficialmente, e tudo aponta para as fortes chuvas que desestabilizaram o terreno como causadoras do acidente.
Pompeia foi sepultada pela violenta erupção do Vesúvio em 24 de agosto do ano 79 d.C. e a descoberta em 1738 permitiu ter uma visão mais exata da vida romana durante o século I.
Para especialistas da associação de defesa do meio ambiente e dos bens culturais Italia Nostra, é preciso haver uma manutenção adequada do território, limpeza de rios, sistemas de plantações de vinhas em encostas, "operações que não rendem ganhos eleitorais", mas que garantam que os monumentos não desabem com as chuvas.