Washington - Funcionários muçulmanos de um grande hotel de Washington foram dispensados do trabalho durante a permanência do ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, no estabelecimento no fim de semana passado, denunciou nesta quarta-feira (15/12) uma organização de defesa dos direitos dos muçulmanos.
O Council on American-Islamic Relations (CAIR) enviou uma carta de protesto à direção do Mandarin Oriental Hotel em nome dos funcionários muçulmanos que tiveram os horários trocados ou foram proibidos de acessar alguns andares do hotel durante a visita de Barak.
O hotel explicou que seguiu instruções do departamento de Estado, que analisou a escala de trabalho durante a presença da delegação israelense.
O porta-voz do departamento de Estado confirmou que foi adotado um procedimiento "de rotina", e lamentou "muito a falta de informação" em torno do assunto.
Quando nos preocupamos, após verificar os antecedentes de uma pessoa, podemos pedir ao hotel que limite seu acesso à delegação, mas tais controles jamais são baseados na orientação política ou religiosa do indivíduo", declarou o porta-voz Philip Crowley.
Segundo o hotel, o departamento de Estado estabeleceu uma relação de funcionários que não poderiam trabalhar no dia da visita de Barak.