Londres - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, continuará na prisão, depois do anúncio dos advogados, que representam a Suécia no processo de extradição perante a justiça britânica, de que vão apelar da decisão de libertá-lo sob fiança.
A advogada do Estado sueco, que acusa Assange por um suposto caso de crimes sexuais, Gemma Lindfield, anunciou no fim da tarde ao juiz de primeira instância de Westminster a intenção de entrar com um recurso, que deve ser examinado pela justiça em um prazo de 48 horas.
Um dos advogados de Assange, Mark Stephens, havia dito inicialmente à imprensa, reunida na porta do tribunal, que a Suécia não iria recorrer da decisão a favor do australiano, explicando depois que houve uma "confusão nas mensagens" e que as partes serão novamente convocadas ao tribunal.
O juiz britânico Howard Riddle concedeu horas antes a liberdade sob fiança com condições a Julian Assange, preso desde 7 de dezembro na prisão londrina de Wandsworth, os últimos cinco dias em uma cela isolada dos outros presos.
Nesse dia, ele se apresentou voluntariamente à polícia, que o deteve em cumprimento de uma ordem de prisão europeia emitida pela Suécia para interrogá-lo sobre as denúncias de agressões sexuais apresentadas por duas mulheres.
Os partidários denunciam, entretanto, uma tentativa de silenciar o criador do WikiLeaks, cujo site começou a publicar em 28 de novembro milhares de documentos confidenciais da diplomacia americana.