Londres - Uma petição on-line com um apelo a um fim à "campanha de intimidação" contra WikiLeaks reuniu nesta segunda-feira (13/12) cerca de 600 mil assinaturas, na véspera do comparecimento, em um tribunal, de Londres, do fundador do site, Julian Assange.
A solicitação é dirigida "aos Estados Unidos e a outros governos e sociedades envolvidas na repressão do WikiLeaks".
O apelo está sendo divulgado no site americano Avaaz.org, especializado nas petições on-line e nas campanhas de lobbying.
"Nós os exortamos a respeitar os princípios democráticos e as leis sobre a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa. Se WikiLeaks e os jornalistas com os quais o site trabalha enfrentarem uma lei qualquer, deverão ser processados judicialmente. Não deverão ser sujeitos à campanha de intimidação extrajudicial", acrescenta o texto da petição.
Na tarde desta segunda-feira, o texto reuniu um pouco mais de 590 mil assinaturas, segundo o site Avaaz.
Julian Assange, fundador do WikiLeaks, preso desde 7 de dezembro em Londres por presumíveis agressões sexuais na Suécia, comparecerá pessoalmente nesta terça-feira ante um tribunal de Londres.
A corte deverá se pronunciar sobre uma eventual libertação de Assange, enquanto aguarda uma decisão sobre a extradição para a Suécia.
Julian Assange, 39 anos, será defendido por uma equipe de advogados famosos, em particular por Geoffrey Robertson, conhecido pela atuação nos tribunais em prol dos direitos humanos e que defendeu, principalmente, Salman Rushdie, o escritor alvo de uma ;fatwa; - um decreto religioso das autoridades iranianas, por blasfêmia.
Partidários do australiano, assim como militantes dos direitos humanos, fizeram apelo à manifestação de apoio, no momento da audiência.
Nesta segunda-feira, algumas pessoas participaram de um protesto diante da embaixada da Suécia em Londres, em resposta ao apelo do grupo "Justice for Assange Campaign". Usavam máscaras com a efígie de Julian Assange, amordaçados com uma bandeira americana.