Washington - O presidente americano, Barack Obama, alertou nesta quinta-feira (9/12) os legisladores democratas contra um repúdio do compromisso fiscal negociado com os republicanos, afirmando que um fracasso teria consequências negativas sobre os salários e a atividade econômica americanas.
"Cada economista com quem falei ou cujas análises li estes dias reconhece que este acordo estimulará o crescimento econômico nos próximos anos e apresenta o potencial de criar milhões de empregos", acrescentou Obama.
"As famílias americanas de classe média começarão 2011 sabendo que terão mais dinheiro para pagar suas contas a cada mês, mais dinheiro para pagar os estudos e mais dinheiro para criar seus filhos", observou.
Depois de ter reiterado que "o acordo marco" anunciado na segunda-feira é bom para a economia e o emprego, o presidente avaliou que "se este dispositivo fracassar, acontecerá o contrário. Os americanos terão salários mais baixos, que terão um efeito de menos empregos" na economia.
"Insto os legisladores do Congresso a atuarem a favor desta prioridade essencial", afirmou o presidente, que precisa vencer o receio ou inclusive a hostilidade de uma parte dos legisladores democratas que percebem um acordo favorável demais para os republicanos.
Esses, que em janeiro assumirão o controle da Câmara de Representantes e reforçarão sua presença no Senado graças à vitória nas legislativas de meio de mandato, em 2 de novembro, obtiveram concessões quanto à prolongação durante dois anos dos benefícios fiscais criados pelo ex-presidente, George W. Bush, que inclui os contribuintes mais ricos.
Mas caso não se chegue a um acordo sobre este ponto no Congresso, os impostos de todos os americanos aumentarão em 1; de janeiro.