Washington - Os Estados Unidos pressionaram a China para que libertasse Liu Xiaobo - o Prêmio Nobel da Paz 2010 - depois de sua prisão, segundo as mensagens diplomáticas americanas vazadas pelo site WikiLeaks.[SAIBAMAIS]
No final de 2008, sob o governo de George W. Bush, apenas duas semanas depois que Liu foi preso pela primeira vez, o embaixador americano Clark Randt "pressionou o governo chinês por sua libertação e pelo cessar da perseguição a dissidentes pacíficos", de acordo com uma mensagem confidencial publicada nesta quinta-feira pelo New York Times.
O atual embaixador em Pequim, Jon Huntsman, retomou a causa em 2009 e escreveu ao ministro chinês das Relações Exteriores, Yang Jiechi, solicitando a libertação de Liu, que havia sido preso sob acusação de subversão por ter assinado a chamada Carta 08, que reclamava reformas democráticas na China.
Ding Xiaowen, da chancelaria chinesa, respondeu a Washington pedindo que "cesse de utilizar os direitos humanos como desculpa para interferir nos assuntos internos da China", segundo outra mensagem.
Apesar da posição moderada de Washington sobre a repressão sofrida pelos intelectuais e dissidentes chiness, as mensagens diplomáticas vazadas pelo WikiLeaks revelam que os diplomatas americanos acompanham de perto a situação de Liu Xiaobo, mantendo reuniões com sua esposa e seus amigos, e que não deixaram de pedir a Pequim que reconsidere seu caso.