Washington - Os organizadores de "Anonymous", o grupo de "hacktivistas" que estão por trás dos ciberataques contra a Mastercard.com e outros sites, prometeram nesta quarta-feira (8/12) estender a campanha a qualquer um que tenha "uma agenda anti-WikiLeaks".
Em um chat com a AFP, os organizadores do "Anonymous" disseram que milhares de voluntários participam da defesa do WikiLeaks e do fundador, Julian Assange, a quem descreveram como um "mártir da liberdade de expressão". "Começamos como uns poucos usuários (menos de 50)", disseram. "Agora somos cerca de quatro mil".
Os hackers de "Anonymous" fizeram o primeiro ataque DDoS (por Distributed Denial of Service, em inglês) no último sábado, derrubando o blog do serviço de pagamentos on-line PayPal por pelo menos oito horas.
Desde então, atacaram sites de outras companhias que romperam vínculo com o WikiLeaks, como Mastercard e Postfinance, a filial de serviços financeiros dos Correios suíços, anunciando as medidas no Twitter (@Anon_Operation) ou por meio do site, Anonops.net, que, por sua vez, foi alvo de ciberataques.
Os organizadores do "Anonymous" não quiseram identificar futuros objetivos, mas disseram que a Mastercard era alvo de ataques nesta quarta-feira por cortar os meios de financiamento do WikiLeaks e que "qualquer um que tenha uma agenda anti-WikiLeaks está na meta dos ataques".
"Recrutamos através da internet, isso significa, em todas as partes: fóruns, Facebook, Twitter...", disseram os organizadores do Anonymous, acrescentando que os membros chegam "de todo o mundo".
Piratas da informática intensificaram nesta quarta-feira a campanha contra as tentativas de silenciar Julian Assange e o portal WikiLeaks, que, alheio aos ataques, continuou publicando as comprometedoras correspondências diplomáticas americanas.
O australiano, de 39 anos, passou o primeiro dia na prisão londrina de Wandsworth, após o juiz responsável pelo processo de extradição solicitada pelas autoridades da Suécia negar na terça-feira a liberdade sob fiança.