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WikiLeaks: embaixada dos EUA na Espanha critica Zapatero

Madri - O "Rei pode ser um formidável aliado", estima a embaixada americana em Madri, mas "Zapatero não gosta de receber sermão", em documentos revelados pelo site WikiLeaks e publicados nesta segunda-feira pelo jornal El País.

José Luis Rodríguez Zapatero e os políticos espanhóis "mais poderosos do momento são descritos com escárnio" nos documentos secretos e confidenciais da embaixada dos Estados Unidos em Madri, que dedica especial atenção ao presidente do governo e aos integrantes de seus dois círculos mais próximos, segundo o jornal.

Para a embaixada, fazem parte do primeiro escalão o vice-presidente, Alfredo Pérez Rubalcaba, o ministro do Desenvolvimento, José Blanco, o porta-voz do partido socialista no Congresso dos Deputados, José Antonio Alonso, e o secretário-geral do Gabinete do Presidente, Bernardino León - este, chamado de "o garoto de ouro do governo".

No segundo escalão, figuram o "impredescindível" Miguel Ángel Moratinos, ex-ministro das Relações Exteriores, a "imatura" Carme Chacón, ministra da Defesa, e o embaixador espanhol nos Estados Unidos, Jorge Dezcallar.

Afirmando que "Zapatero enfrentou um tortuoso aprendizado da política externa", a embaixada americana considera o presidente do governo um político que "subordina a política externa aos interesses internos", segundo as mensagens divulgadas no diário madrilenho.