Cabul - O ministério afegão do Interior anunciou nesta segunda-feira que, a partir de 2011, voltará a autorizar a operação de empresas de segurança privadas no país, apesar da vontade do presidente Hamid Karzai de proibir todas as companhias.
No total, 52 empresas que receberam o aval governamental poderão continuar atuando no setor de segurança das forças internacionais, da ONU, das agências de ajuda governamentais e ONGs e dos jornalistas no Afeganistão, anunciou o conselheiro do ministério, Abdul Manan Farahi, durante uma entrevista coletiva em Cabul.
"Continuarão operando de acordo com as leis e regulamentação em vigor", destacou.
Em agosto, Karzai ordenou de maneira surpreendente a dissolução de todas as empresas de segurança privada (afegãs e internacionais) antes do fim de 2010. Ele acusou as companhias de dilapidar a ajuda internacional, alimentar a corrupção, de perturbar o desenvolvimento das forças de segurança afegãs e de estimular a insegurança.
No fim de outubro, no entanto, Karzai deu a entender uma flexibilização da medida ante a preocupação dos ocidentais pelas consequências desta proibição sobre seus projetos de desenvolvimento e a segurança das infraestruturas no país.