Pontoise (França) - A justiça francesa anunciou nesta segunda-feira uma multa de 200 mil euros (265 mil dólares) à Continental Airlines. A empresa foi considerada responsável pelo acidente do Concorde que matou 113 pessoas no ano 2000, nas proximidades de Paris.
O tribunal de Pontoise, perto da capital francesa, também condenou a empresa americana a pagar um milhão de euros (1,35 milhão de dólares) por danos e prejuízos à Air France pelo acidente de 25 de julho de 2000, dois minutos depois da decolagem com destino a Nova York de um Concorde da Air France.
Um documento do Escritório de Investigações e Análises (BEA), autoridade francesa encarregada dos aspectos técnicos, informa que o acidente foi provocado por uma lâmina de titânio que se desprendeu de um avião DC10 da Continental Airlines.
Uma roda do Concorde explodiu depois de passar sobre a lâmina, de acordo com o BEA, e as peças expelidas provocaram um buraco no tanque combustível, o que provocou um vazamento e um incêndio. Logo em seguida, pela primeira vez, um modelo do Concorde caiu.
A Continental Airlines nega qualquer responsabilidade no acidente e alega que o avião pegou fogo antes de tocar a lâmina em questão.
Depois do acidente, os Concorde da Air France e da British Airways permaneceram 15 meses em terra. E depois de retomar os voos por algum tempo, deixaram de voar em 2003.
A frota de Concorde, que iniciou os voos comerciais em 1976, tinha 20 aeronaves. Muitos faziam voos transatlânticos a uma velocidade superior a 2.170 quilômetros por hora. Um voo entre Paris e Nova York demorava menos de quatro horas.