O Egito realiza neste domingo o segundo turno das legislativas, com o partido no poder praticamente sozinho na disputa.
O primeiro turno, em 28 de novembro, foi marcado por acusações de fraude em grande escala e registros de violência, o que levou a Irmandade Muçulmana, principal força de oposição, e o partido liberal Wafd, primeiro partido leigo, a se retirar do processo.
O Partido Nacional Democrata (PND), do presidente Hosni Mubarak, obteve 209 das 221 cadeiras no primeiro turno, e só disputará o segundo com pequenos partidos de oposição e independentes.
Os eleitores devem renovar a Assembleia Popular, a mais importante das duas câmaras do Parlamento, que conta com 518 cadeiras, sendo que 508 são escolhidas por voto e dez são designadas por Mubarak.
Inúmeras irregularidades a favor do PND foram denunciadas no primeiro turno por observadores egípcios independentes assim como pela imprensa e a oposição, que evocaram votos a mais, compra de votos e ações de intimidação contra os eleitores.
O governo nega as acusações e o PND afirmou ter derrotado a oposição por conta de sua própria fragilidade.
O primeiro turno já havia sido criticado por grupos de defesa dos direitos civis e pelos Estados Unidos.
Assim, o partido governista NDP, do presidente Hosni Mubarak, que ganhou quase todas as cadeiras no Parlamento decididas no primeiro turno, deve ampliar ainda mais a vitória após os dois principais partidos opositores terem decidido boicotar a votação deste domingo para as vagas restantes.