Madri - A família do cinegrafista espanhol José Couso, que morreu vítima da explosão de um morteiro americano em 2003, em Bagdá, vai entrar com uma denúncia, após documentos secretos vazados pelo site Wikileaks revelarem pressões americanas para arquivar a investigação espanhola.
A ação, que será apresentada na próxima semana, retomará "exaustiva e detalhadamente" o material publicado pelo jornal El País com base em correspondências diplomáticas americanas, disse nesta sexta-feira (3/12) o advogado da família Cousa, Enrique Santiago, em entrevista à imprensa.
José Couso, cinegrafista do canal de televisão privado Telecinco, morreu em 8 de abril de 2003, vítima de um tiro disparado por um tanque americano, quando estava no hotel Palestina, de Bagdá.
Além do espanhol, um cinegrafista ucraniano da agência Reuters, Taras Protsyuk, foi vítima do mesmo ataque.
A justiça espanhola abriu e fechou esta investigação duas vezes, em 2006 e 2009.