Washington - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, ligou nesta quinta-feira (2/12) para a presidente argentina, Cristina Kirchner, para "lamentar" o vazamento de documentos diplomáticos pelo site WikiLeaks, informou o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley.
Na manhã desta quinta-feira, Hillary "deu telefonemas breves ao presidente (Asif Ali) Zardari do Paquistão e à presidente (Cristina) Fernández de Kirchner da Argentina" para "lamentar junto aos dois presidentes a divulgação de documentos secretos", disse Crowley.
Em um dos centenas de milhares de documentos diplomáticos americanos divulgados pelo WikiLeaks, que começaram a ser publicados desde o fim de semana, o Departamento de Estado pediu à embaixada em Buenos Aires para verificar o "estado de saúde mental" de Kirchner.
"Como Cristina Fernández de Kirchner controla os nervos e a ansiedade? Como o estresse afeta a sua conduta com seus assessores e/ou seu processo de tomada de decisões?", perguntou o telegrama datado de dezembro de 2009.
Em outro documento, diplomatas americanos na capital argentina recolhiam duras críticas de antigos colaboradores de Kirchner e seu marido, o falecido ex-presidente Néstor Kirchner, contra o casal.
Crowley disse que na ligação para Kirchner, Hillary expressou "a importância da amizade" da Argentina com os Estados Unidos e ambas manifestaram o desejo de continuar trabalhando em conjunto.
Hillary Clinton fez até agora ligações para funcionários de quase uma dúzia de países desde que começaram a ser revelados os documentos, entre os quais de China, Alemanha, França, Afeganistão, Grã-Bretanha, Arábia Saudita, Canadá e Libéria, disse o porta-voz.