Washington - Uma cadeira vazia representará o dissidente chinês preso e ganhador do Nobel da Paz 2010 Liu Xiaobo, na cerimônia de entrega do prêmio, em Oslo, a menos que Pequim permita que a esposa viaje, disse nesta sexta-feira (26/11) um amigo do casal.
Yang Jianli, um conhecido ativista pela democracia na China, que atua como coordenador entre o comitê Nobel e os dissidentes, disse que todos os envolvidos pressionam a China para que liberte a esposa de Liu, Liu Xia, da prisão domiciliar e permita que ela vá para Oslo.
Se isso não ocorrer, então o comitê Nobel está disposto a fazer um gesto sem precedentes e deixará uma cadeira vazia no local durante a cerimônia de 10 de dezembro, disse Yang, que mora nos Estados Unidos.
"Uma cadeira vazia para o premiado servirá de lembrança ao mundo que Liu Xiaobo permanece na prisão e, em sentido mais amplo, que a situação dos direitos humanos na China deve ser uma preocupação para a comunidade internacional", acrescentou Yang, em declarações à AFP.
Yang era um estudante quando foi reprimido o movimento democrático na Praça da Paz Celestial, em 1989. Ele passou cinco anos na prisão e agora mora nos Estados Unidos.