Washington - Os Estados Unidos criaram nesta quarta-feira (24/11) no Alasca (noroeste) uma zona de hábitat protegido para os ursos polares que vivem nos mares gelados, cujo derretimento ameaça a sobrevivência da espécie. A iniciativa pode pesar sobre projetos de prospecção de petróleo e gás no Ártico.
A agência americana de Pesca e Vida Silvestre definiu uma zona de 484 mil quilômetros quadrados (pouco menor que a superfície da França) na qual qualquer projeto que possa ter impacto sobre o modo de vida dos ursos polares deverá ser objeto de um exame minucioso.
"Esta qualificação de ;zona de hábitat protegido; nos permite trabalhar com nossos sócios para garantir que o que eles fazem não afete as populações de ursos polares", explicou Tom Strickland, responsável pela pesca, parques e faunas do ministério de Assuntos Internos.
"Entretanto, a maior ameaça que pesa sobre os ursos polares é o derretimento de seu hábitat - o mar de gelo no Ártico - causado por mudanças climáticas, das quais o responsável é o ser humano", estimou.
A criação desse espaço não significa o fim das perfurações e outras atividades do gênero, mas permite identificar "zonas geográficas cujas características são essenciais para salvaguardar o urso e que requerem uma gestão e uma proteção particulares", segundo a agência de Pesca e Vida Silvestre.
Os Estados Unidos incluíram o urso polar na lista de espécies ameaçadas.
O Ártico abriga 90 bilhões de barris de petróleo e enormes reservas de gás, segundo o Instituto de Geofísica americano (USGS).