As esperanças de encontrar sobreviventes entre os 29 mineiros desaparecidos há dois dias na explosão de uma mina neozelandesa diminuíram neste domingo (21/11), mas a polícia fez questão de destacar que não desistiu do resgate, apesar de um incêncio ter atrasado as operações.
"Não é uma operação que pode ser improvisada. Vamos para o segundo dia. Não temos nem ideia do tempo que levará, mas continuamos concentrados no objetivo de retirá-los do local", declarou o chefe de polícia da ilha sul da Nova Zelândia, Gary Knowles.
Os diretores da mina anunciaram no início da manhã um incêndio e a presença de gases tóxicos impediam as operações de resgate.
Nenhum contato foi feito com os mineiros desde a explosão na tarde de sexta-feira na mina de carvão de Pike River, situada em uma região isolada da costa oeste da ilha sul da Nova Zelândia.
Knowles se viu obrigado a desmentir que as equipes de resgate teriam se recusado a salvar os mineiros.
"Me parece realmente repugnante dizer algo assim", declarou, em tom visivelmente irritado, aos jornalistas.
"Estamos falando da vida de pessoas e fico muito chateado que possam dizer algo assim. Minha decisão responde a critérios de segurança e ao que me dizem os especialistas", completou.
"A mina é um barril de pólvora", destacou o comandante das equipes de resgate, Trevor Watts.
A combustão de materiais produz gases e o incêndio gera monóxido de carbono, muito tóxico.
Provavelmente, os 29 mineiros estão presos em um túnel a 150 metros da superfície, mas a 2,5 km da saída da mina.
Dos mineiros, 24 são neozelandeses, dois australianos, dois britânicos e um sul-africano, O mais jovem tem 17 anos e o mais velho 62.
Depois da explosão, dois mineiros conseguiram deixar o local e estão hospitalizados com ferimentos leves.