A Otan e os países que integram as tropas estrangeiras no Afeganistão iniciaram neste sábado (20/11) em Lisboa uma reunião de cúpula com o presidente afegão, Hamid Karzai, destinada a adotar uma estratégia de saída do país, nove anos depois do início da guerra contra os talibãs.
"A direção que tomamos hoje aponta claramente para uma transferência à liderança afegã do controle das tarefas de segurança", declarou o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen.
Os 48 países integrantes da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) pretendem adotar um plano para ceder a responsabilidade da segurança às autoridades afegãs entre 2011 e 2014, com o objetivo de retirar grande parte de suas tropas do país ao fim deste período.
No total, 140.000 soldados estrangeiros, dos quais 100.000 são americanos, estão mobilizados na lutar contra os talibãs no Afeganistão.
Os aliados querem ressaltar, no entanto, a mensagem de que a estratégia de saída não representará a retirada total nem sistemática das tropas, que dependerá das condições no campo de batalha, nem o abandono dos afegãos à própria sorte.
"Ficaremos o tempo necessário até encerrarmos nosso trabalho", prometeu Rasmussen.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou na sexta-feira que apesar da redução das tropas americanas estar programada para começar em julho do próximo ano, os "afegãos não ficarão sozinhos".
O chefe de Estado americano também acredita que conseguirá obter no último dia do encontro de cúpula da Otan o compromisso dos aliados para novos envios de equipes de instrução para treinar e formar as forças afegãs.
A Isaf está integrada pelos 28 países membros da Aliança Atlântica, além de outras 20 nações, cujos governantes viajaram à capital portuguesa para assistir à reunião sobre o Afeganistão.