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'Camisas vermelhas' se manifestam seis meses após repressão na Tailândia

Bangcoc - Milhares de "camisas vermelhas", movimento de oposição ao primeiro-ministro tailandês, se concentraram nesta sexta-feira no centro de Bangcoc para relembrar a crise política vivida pelo país no começo do ano, que deixou mais de 90 mortos.

Cerca de 6.000 pessoas, vestidas de vermelho, se reuniram em um bairro comercial da capital tailandesa, ponto de encontro dos "camisas vermelhas" há seis meses, segundo a polícia, que prevê 10.000 manifestantes até a noite.

Antes do início da concentração, o general Prayut Chan-O-Cha, chefe do exército, advertiu que as leis do estado de emergência continuam em vigor - e que, portanto, estavam proibidas roupas e fotografias que possam "perturbar a ordem social".

"Quem violar a lei se arrisca a dois anos de prisão ou a uma multa de 40.000 bahts (1.300 dólares), ou os dois", lembrou o general.

Bangcoc e outras três províncias vizinhas seguem sob estado de emergência, imposto em abril durante o auge dos protestos.

"Viemos aqui cantando e dançando. Não entendo porque causamos medo. Só queremos ser felizes", disse à AFP Uthaiwan Sundkanop, aposentado de 56 anos, que participava da manifestação desta sexta.