Teerã - O Irã acusou Washington nesta sexta-feira (19/11) de ser "o maior violador dos direitos religiosos dos muçulmanos", após as críticas americanas ao governo iraquiano pelo tratamento dispensado às minorias religiosas do país.
"O governo americano manifesta sua preocupação sobre a situação dos falsos cultos fabricados pelos colonos ingleses e sionistas, enquanto (...) ele é o maior violador dos direitos religiosos dos muçulmanos", afirmou o porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, aludindo à comunidade Baha;i.
Esta comunidade segue os ensinamentos de Bahaullah, nascido no Irã em 1817.
A fé Baha;i é proibida na República Islâmica do Irã, onde seus membros são considerados hereges e "espiões" de Israel, já que sua sede mundial fica em Haifa.
Em um comunicado publicado pela agência oficial IRNA, Mehmanparast "desmentiu as alegações feitas pelo departamento de Estado americano" em seu relatório anual sobre a liberdade religiosa, publicado na quarta-feira.
O departamento de Estado afirma que "a retórica e as medidas tomadas pelo governo (iraniano) criam uma atmosfera ameaçadora para quase todos os grupos religiosos não xiitas, especialmente os Baha;i, assim como muçulmanos sufis, cristãos evangélicos e membros da comunidade judaica".