NOVA YORK - O traficante de armas russo Viktor Bout desembarcou em Nova York na noite desta terça-feira depois de ser extraditado da Tailândia. Ele foi levado para uma penitenciária de segurança máxima em Manhattan, de acordo com a secretaria de Justiça americana.
Na terça-feira, Viktor Bout, ex-piloto militar soviético e conhecido como o "mercardor da morte", foi extraditado pela Tailândia e embarcado em um avião da Agência de Combate às Drogas (DEA) dos Estados Unidos.
Bout comparecerá nesta quarta-feira a uma audiência com o juiz Shira Scheindlin.
"Viktor Bout foi indiciado nos Estados Unidos, mas as atividades de tráfico de armas das quais é suspeito, assim como o apoio aos conflitos armados na África, preocupam o mundo inteiro. A extradição é uma vitória para o estado de direito em todo o mundo", afirmou em um comunicado o procurador-geral americano, Eric Holder.
Bout foi preso em Bangcoc em 2008, após uma reunião com agentes americanos que se fizeram passar por dirigentes da guerrilha colombiana das Farc.
Em uma entrevista concedida nesta quarta-feira, a esposa de Bout disse que o marido foi objeto de um procedimento ilegal e é vítima de um jogo diplomático entre Rússia e Estados Unidos. "A decisão do governo tailandês é totalmente contrária aos procedimentos legais e à lei", declarou Alla Bout em Bangcoc.
Ela disse ainda que ficou sabendo da extradição pela imprensa e que seu passaporte ainda está na embaixada da Rússia em Bangcoc.
Viktor Bout foi levado ao aeroporto de Bangcoc na terça-feira, escoltado por centenas de policiais, incluindo atiradores de elite. A decisão provocou uma reação imediata de Moscou.
"A extradição de Bout constitui uma extrema injustiça e a Rússia continuará apoiando Bout por todos os meios", declarou o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.