GUAYAQUIL - Dois equatorianos, entre eles um menor, teriam sido mortos em um bombardeio colombiano contra a guerrilha das Farc perto da fronteira. A informação foi divulgada pelo presidente do Equador, Rafael Correa, no momento em que Bogotá e Quito tentam restabelecer plenamente suas relações.
Correa destacou que o governo foi informado que o menor era colombiano com carteira de refugiado equatoriano. "Pedi as informações do caso e os primeiros adiantamentos do relatório - mas quero ter o relatório definitivo - falam que se trata de um menino equatoriano, e não apenas de um, e sim dois equatorianos que morreram no ataque", declarou Correa. "Uma vez com o relatório, tomaremos as ações do caso", acrescentou.
O Comando Geral das Forças Militares da Colômbia informou que um adolescente de 12 anos morto no bombardeio de segunda-feira perto da fronteira contra um acampamento das Farc era colombiano e não equatoriano como foi anunciado inicialmente. O ataque matou 15 rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
As versões desencontradas sobre a nacionalidade do menor de idade foram divulgadas às vésperas de uma reunião entre os chanceleres e ministros da Defesa dos dois países, prevista para quinta-feira em Quito.
O Equador rompeu as relações diplomáticas com a Colômbia em março de 2008, após um bombardeio colombiano contra um acampamento das Farc em território equatoriano, perto da fronteira, que matou 25 pessoas, entre elas o então número dois da guerrilha, Raúl Reyes.
As relações foram restabelecidas no âmbito dos negócios em novembro de 2009 e, desde então, os dois países avançam em busca da restituição plena.