JERUSALÉM - O governo israelense descartou nesta quarta-feira (10/11) congelar a construção de casas nos bairros de colonização judaica em Jerusalém Oriental, indo contra os apelos do presidente americano, Barack Obama, e da comunidade internacional.
O presidente palestino Mahmud Abbas pediu hoje uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU sobre a colonização israelense nos territórios palestinos ocupados, de acordo com Nabil Abu Rudeina, seu porta-voz.
Já a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse acreditar em um resultado positivo nas negociações de paz no Oriente Médio, apesar da construção de novas casas. Além disso, anunciou uma ajuda dos EUA aos palestinos no valor de 150 milhões de dólares.
"Não haverá congelamento da construção em Jerusalém. Esta é a política dos governos israelenses há 40 anos", declarou à rádio estatal Tzvi Hauser, secretário do gabinete, que acompanha o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em sua visita aos Estados Unidos.
"Não é concebível que haja limitações à construção em bairros onde vivem 300 mil habitantes", acrescentou, referindo-se ao conjunto de bairros de colonização judaica em Jerusalém Oriental.
Israel aprovou na segunda-feira a construção de 1.300 casas em Jerusalém Oriental, provocando a ira dos palestinos e gerando críticas por parte dos Estados Unidos e outros países, além da ONU.
O ministro da Educação, Gideon Saar, deu declarações semelhantes: "Não podemos chegar a uma situação na qual todas as nossas atividades de planejamento e construção em Jerusalém sejam paralisadas".