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Lula dirá na reunião do G20 que só comércio livre pode tirar mundo da crise

Maputo - Ao chegar ao hotel onde está hospedado na capital de Moçambique, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não levará propostas fechadas para o G20, mas ;ideias a serem discutidas;. Ele segue nesta quarta-feira (10/11) para Seul, capital da Coreia do Sul, onde participa da reunião do grupo que reúne as maiores economias mundiais, incluindo os principais países emergentes. ;Como os países ricos costumavam dar lições ao Brasil de como a gente deveria fazer, seria importante que, humildemente agora, eles fossem aprender o que nós fazemos para que eles possam adotar políticas iguais;, sugeriu o presidente brasileiro.

;Desde que começou a crise econômica estamos dizendo que só existe uma possibilidade para resolver definitivamente o problema (da crise): aumentar o comércio entre os países e evitar, de qualquer forma, o protecionismo entre as nações;, afirmou Lula. Também defendeu a adoção de políticas ;anticíclicas; para evitar que a economia pare em momentos de maior pressão ou receio.

Lula comentou a frase do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, dita na Índia, de que o que ;for bom para os Estados Unidos será bom para todos;. Lula disse que o que é ruim para os Estados Unidos, em termos econômicos, tem reflexos ruins para o mundo. ;O que é bom para os Estados Unidos é bom para os Estados Unidos. O que é bom para o Brasil é bom para o Brasil;, parafraseou Lula.

Sobre a guerra cambial em curso, o presidente acha que os países devem adotar medidas que levem em consideração o fato de que qualquer atitude interna afetará os demais. ;Não é possível que alguns países resolvam desvalorizar suas moedas no intuito de aumentar competitividade, porque causam transtornos a outros que dependem do sequenciamento da política comercial no mundo para seguir crescendo de forma justa.;

O presidente também falou sobre a possibilidade de o Congresso Nacional aprovar aumentos de salário para os congressistas e para a presidenta eleita, Dilma Rousseff. ;Não há nenhuma novidade, isso é da Constituição. Em 2002 fizeram uma ;sacanagem; comigo e não aprovaram aumento para mim. E eu não reclamei. Mesmo sem aumento, o salário era maior do que eu ganhava na (empresa metalúrgica) Villares;.