YANGUN - O partido político criado pela junta militar birmanesa para representá-lo nas eleições legislativas de domingo, as primeiras em 20 anos em Mianmar, reivindica 80% dos votos do pleito.
As eleições foram marcadas por acusações de fraude contra o USDP, dirigido pelo primeiro-ministro Thein Sein, um general que recebeu a responsabilidade de coordenar a disputa eleitoral.
O processo de votação foi criticado pelo Ocidente e pela ONU, que destacaram a ausência da líder opositora Aung San Suu Kyi, em prisão domiciliar.
A fonte do USDP disse ainda que o índice de participação foi de 70%, o que representa 10% a mais que a primeira estimativa.
A Força Democrática Nacional (NDF) e o Partido Democrata (PD), as duas principais formações de oposição, denunciaram que os militares apuraram votos antes mesmo do dia das eleições. O processo foi descrito pelos analistas como uma simulação destinada a dar ao regime militar uma legitimidade eleitoral.