YANGUN - Os resultados das eleições em Mianmar começaram a ser divulgados a conta-gotas nesta segunda-feira (8/11), um dia depois da votação considerada injusta e sem credibilidade pela comunidade internacional e pela oposição.
O Partido da Solidariedade e Desenvolvimento da União (USDP), criado pela junta militar, parece ter garantida a vitória nas eleições, que, para analistas, podem oferecer à oposição um espaço nos futuros Parlamento bicameral e Assembleias regionais.
Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, União Europeia e Austrália criticaram as eleições. Os resultados oficiais e definitivos devem demorar vários dias no país de 50 milhões de habitantes. Boa parte da população vive em zonas montanhosas e isoladas.
A embaixatriz dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, afirmou que as eleições não foram livres nem válidas. A líder opositora Aung San Suu Kyi, prêmio Nobel da Paz, foi proibida de participar da eleição.