Havana - Pela primeira vez em meio século, o American Ballet Theatre se apresentou em Cuba para homenagear a lenda viva da dança, a bailarina Alicia Alonso, de 90 anos, em um novo passo da aproximação cultural com os Estados Unidos, durante o governo de Barack Obama.
"O balé é uma linguagem universal. Sua beleza e honestidade constroem pontes e consolidam relações", disse o diretor artístico do American (ABT), Kevin McKenzie, destacando o clima da noite dessa quarta-feira (3/11) antes da abertura das cortinas do Teatro Karl Marx lotado, o principal da ilha.
Acompanhado do bailarino cubano Juan Manuel Carreño, estrela do ABT há 15 anos, Mckenzie dirigiu-se ao público para enfatizar que "o American Ballet em sua totalidade voltou a Cuba depois de 50 anos para celebrar, com Alicia, sua pátria".
O espetáculo "Temas e Variações", criado para Alonso pelo coreógrafo Jorge Balanchine e que a bailarina estreou em 26 de novembro de 1947 no City Center de Nova York, foi a peça que McKenzie escolheu para abrir a noite, durante o XXII Festival Internacional de Balé de Havana.
Uma reverência de Alonso, acompanhada no palco por Carreño e McKenzie, foi coroada por um estrondoso aplauso que selou a noite. Segundo a bailarina cubana Irina Ferrer, este "foi felizmente outro passo na aproximação entre Cuba e os Estados Unidos".