Paris - Entre 300 e 400 pessoas se manifestaram em Paris nesta quinta-feira (4/11), primeiro dia da visita do presidente Hu Jintao na França, para exigir o respeito aos Direitos Humanos na China e reivindicar a libertação do prêmio Nobel da Paz de 2010, o dissidente chinês Liu Xiaobo.
A manifestação ocorreu perto da Torre Eiffel, pouco depois da chegada do chefe de Estado chinês, que foi recebido com pompa desde a aterrissagem no aeroporto de Orly pelo presidente Nicolas Sarkozy, constatou um jornalista da AFP.
Os manifestantes, que agitavam bandeiras do Tibete e do Xinjiang, duas regiões chinesas cujas populações tibetanas e uigures são controladas por Pequim rigorosamente, foram, em seguida, para frente da Embaixada da China, protegida por um forte dispositivo policial.
"Hu Jintao liar" (Hu Jiantao mentiroso), "Hu Jintao go home" (Hu Jintao vai embora) ou ainda "Stop the killing" (Pare com a matança): entoavam os manifestantes que também pronunciavam cantos religiosos e preces, constatou um fotógrafo da AFP.
A ONG de defesa dos Direitos Humanos Anistia Internacional uniu-se à manifestação, assim como alguns militantes do movimento religioso Falun Gong.
A visita de três dias do número um chinês à França volta-se, supostamente, para por um fim à disputa entre os dois países que surgiu em 2008, após a passagem conturbada em Paris da chama olímpica dos Jogos de Pequim e um encontro entre Nicolas Sarkozy e o Dalai Lama. Logo no primeiro dia, os dois líderes participaram de várias assinaturas de contratos beneficiando a indústria francesa.
Cerca de 50 pessoas igualmente se reuniram em Paris no meio da tarde desta quinta para reivindicar a libertação de Liu Xiaobo, condenado em dezembro a 11 anos de prisão por subversão.