LONDRES - Estes é uma relação dos principais pontos da declaração conjunta lançada pelo primeiro-ministro britânico David Cameron e pelo presidente francês Nicolas Sarkozy, que dá detalhes sobre o novo acordo de defesa assinado em Londres nesta terça-feira:
-- França e Reino Unido são "aliados naturais". Ambos são potências nucleares, membros da Otan, do Conselho de Segurança da ONU e da União Europeia; ambos possuem poderosas indústrias de defesa e acreditam enfrentar as mesmas ameaças.
-- Colaboração nuclear. Uma nova base conjunta será construída em Valduc, no leste da França, para testes com ogivas atômicas, apoiado por um centro de desenvolvimento de tecnologia em Aldermaston, a oeste de Londres.
-- Uma força expedicionária conjunta. A força de reação rápida será criada para atuar "em um amplo escopo de cenários, incluindo operações de alta intensidade".
Envolverá contingentes do Exército, da Marinha e da Força Aérea; as tropas de ar e terra começarão a ser treinadas em 2011 e estarão disponíveis "sob aviso" para operações bilaterais, da Otan, da UE, da ONU e outras.
-- Porta-aviões serão compartilhados. A meta de Paris e Londres é ter, "até o início de 2020, a capacidade de mobilizar um grupos de ataque conjunto anglo-francês de porta-aviões, que incorpore componentes dos dois países" - leia-se: jatos britânicos no porta-aviões francês ;Charles de Gaulle; e jatos franceses no porta-aviões britânico ;Queen Elizabeth;.
As autoridades afirmam que os dois países coordenarão seus cronogramas de mantenção, para que haja sempre pelo menos um navio em operação.
-- Estímulo à adoção dos aviões de transporte A400M. Os dois países concordaram em desenvolver um "plano de apoio comum" para a aeronave, que ambos estão comprando, e estão na etapa final das negociações para assinar um único contrato com a fabricante Airbus em 2011. Haverá também cooperação no treinamento de pessoal para operá-los.
-- Tecnologia de submarinos. França e Reino Unido "planejam desenvolver em parceria alguns dos equipamentos e tecnologias para a nova geração de submarinos militares", com um acordo suplementar que deve sair em 2011.
-- Maior cooperação em comunicações por satélite e em limpeza de minas, assim como em segurança virtual e contraterrorismo.
-- Sistemas de monitoramento aéreo. Os dois países concordaram em trabalhar juntos na próxima geração destes sistemas, potencialmente compartilhando os custos de desenvolvimento, apoio e treinamento. A ser entregue entre 2015 e 2020.
-- Pesquisa. Paris e Londres continuarão a investir 50 milhões de euros (70 milhões de dólares) cada um em projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento; estes valores podem ser aumentados posteriormente.