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Ataque a igreja católica em Bagdá terminou com 52 mortos

BAGDÁ - Quarenta e seis cristãos e sete policiais morreram na noite deste domingo (31/10) em uma tomada de reféns executada por integrantes da Al-Qaeda em uma igreja católica siríaca de Bagdá. O sequestro também deixou 56 civis e 15 membros das forças de segurança feridos. O ministério informou ainda que cinco terroristas morreram e oito suspeitos foram detidos. Mais de 100 pessoas estavam no templo da Saiydat al Najat (Nossa Senhora do Perpétuo Socorro) no momento em que ocorria uma missa. [SAIBAMAIS] Um grupo ligado à Al-Qaeda, o Estado Islâmico do Iraque, reivindicou nesta segunda-feira o ataque e deu prazo de 48 horas à igreja copta do Egito para libertar os muçulmanos "prisioneiros nos mosteiros" do país, informou o Centro Americano de Vigilância de Sites Islamitas (SITE). "Um grupo de mujahedines (combatentes) revoltados entre os fiéis de Alá executou um ataque contra uma guarita obscena da idolatria que é sempre usada pelos cristãos do Iraque como quartel-general do combate contra o islã e do apoio aos que combatem esta religião", afirma um comunicado do grupo. As forças de segurança iraquianas invadiram o templo, apoiadas por tropas americanas. O Estado Islâmico do Iraque não especifica a data nem o local do ataque, mas afirma que o objetivo foi "ajudar nossas pobres irmãs muçulmanas mantidas em cativeiro no país muçulmano do Egito". O grupo dá à igreja copta do Egito 48 horas para indicar o estado das "mulheres prisioneiras nos mosteiros da infidelidade e nas igrejas da idolatria" e libertar as mesmas.