PARIS - A Igreja católica anunciou que nove sacerdotes foram presos por atos de pedofilia e 51 foram acusados na França. O país não esteve envolvido em escândalos de pedofilia em grande escala nos últimos anos.
Segundo uma grande investigação realizada pela Conferência Episcopal da França (CEF), outros 45 padres acabaram de cumprir sua sentença.
A França contava em 2008 com 19.640 sacerdotes em exercício. A Igreja não indicou a duração das penas dos sacerdotes que estão atualmente na prisão. A CEF publicou em 2000 uma primeira versão deste documento, sob a forma de um folheto destinado a dar "referências aos educadores".
O texto foi concluído integrando, entre outras coisas, as evoluções do direito e o que prevê o Direito Canônico, vigente na Igreja. Este estipula, por exemplo, que quem estuprar um menor de 16 anos é destituído de suas funções no seio da Igreja.
A obra detalha como os padres devem se comportar com os jovens, define os atos pedófilos, como prevení-los e como "atuar e reagir" (entre outros, como e a quem denunciá-los).
Em 2000, a Igreja católica francesa estava sendo investigada pela justiça por não ter "denunciado atos pedófilos" cometidos por um bispo. Naquele ano, a pedofilia entrou na ordem do dia da assembleia plenária de bispos. A CEF criou um "grupo de vigilância" e decidiu publicar um folheto pedagógico.
Na França, nos últimos anos não veio à tona nenhum escândalo em grande escala que envolvesse a Igreja, ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos, na Irlanda e na Bélgica.