LOS ANGELES - Uma juíza federal dos Estados Unidos confirmou nesta terça-feira (19/10) a decisão que acaba com a proibição de homossexuais nas Forças Armadas, rejeitando os argumentos dos advogados do governo.
A juíza Virginia Phillips concluiu que o departamento de Justiça não conseguiu apresentar um caso convincente para derrubar a decisão da semana passada que suspende a polêmica política "Não pergunte, não fale". A polícia é adotada pelas Forças Armadas sobre a orientação sexual de seus efetivos.
A decisão da juíza Phillips, da Corte Federal da Califórnia, ocorre horas após o Pentágono anunciar que aceitará o ingresso nas Forças Armadas de pessoas declaradamente homossexuais.
O governo dos Estados Unidos havia anunciado na última quinta-feira, dois dias após a decisão da Corte Federal da Califórnia, que apelaria da sentença.
A política conhecida por "Don;t Ask, Don;t Tell" prevê a baixa de qualquer militar que se declare abertamente homossexual.
Segundo seus críticos, a lei viola os direitos dos homossexuais militares e afeta a segurança nacional privando as forças armadas de mais de 14 mil efetivos.
"Nenhum dos fatores que a Corte considera viáveis" foi encontrado para justificar uma suspensão" da decisão da semana passada, destaca a juíza Phillips.
As autoridades americanas "tiveram a oportunidade de apresentar provas para tentar derrubar a decisão" precedente, "mas não o fizeram", escreve Phillips em sua sentença.
O presidente Barack Obama já determinou um amplo estudo sobre as consequências do fim da proibição de homossexuais declarados nas Forças Armadas, o que deve servir de base para futuras disposições.