O presidente francês Nicolas Sarkozy anunciou nesta terça-feira (19/10) que tomará medidas contra o bloqueio de refinarias e para garantir a ordem, no sexto dia nacional de greves e manifestações contra sua reforma do sistema de aposentadoria.
"Compreendo a preocupação. Em uma democracia, cada um pode expressar-se, mas deve fazê-lo sem violência, nem excessos", afirmou Sarkozy à imprensa, em Deauville, norte da França, ao final de uma cúpula com a Alemanha e a Rússia.
O presidente conservador francês antecipou que, quando voltar a Paris, manterá uma reunião para desbloquear uma série de situações.
Também advertiu sobre a presença de arruaceiros nas manifestações.
[SAIBAMAIS]A escassez de combustível em um de cada seis postos de gasolina, uma forte mobilização estudantil, com direito a alguns distúrbios, e perturbações no tráfego aéreo marcavam nesta terça-feira o início da sexta jornada de greves e protestos contra a reforma da aposentadoria na França.
Mais de 2.500 postos de gasolina, dos 12.500 de todo o país, estavam sem combustível, no oitavo dia de greve nas 12 refinarias da França, segundo fontes do setor petroleiro.
O dia é chave na luta dos sindicatos contra o projeto do presidente.
O movimento de protesto, que ganhou a adesão do ensino secundário, foi ofuscado no início da manhã por distúrbios diante de um colégio em Nanterre, subúrbio da zona noroeste de Paris, onde 200 jovens encapuzados - que não estudam na escola - lançaram objetos e bombas de fumaça contra os policiais e incendiaram um veículo.