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Terrorismo e ciberataques são as piores ameaças à segurança nacional

Londres - O governo britânico considera o terrorismo e os ciberataques como as principais ameaças atuais, segundo a nova doutrina de defesa nacional divulgada nesta segunda-feira (18/10), antes da apresentação do orçamento estatal no qual estão previstas reduções em todas as áreas.

A nova doutrina de defesa nacional reagrupada no documento National Security Strategy (NSR ou Estratégia para a Segurança Nacional) será completada nesta terça-feira com um "livro branco" no qual se revisa por completo a defesa estratégica do país pela primeira vez desde 1998.

Os dois documentos foram preparados com prioridade durante cinco meses para que ficassem prontos antes que sejam decididos os cortes no orçamento, cujo objetivo é reduzir o déficit público de 10,1% a 1,1% do PIB em cinco anos.

O terrorismo internacional e os ataques informáticos contra os interesses britânicos são classificados como ameaças "nível um" nas conclusões do NSR.

No segundo escalão das ameaças, figuram as catástrofes naturais e as febres pandêmicas.

As crises internacionais suscetíveis de envolver a Grã-Bretanha e seus aliados figuram no quarto nível.

O governo indicou que os fundos para a defesa serão designados em função das novas prioridades estabelecidas. Segundo fontes oficiais, o orçamento da pasta da defesa, de 37 bilhões de libras (42 bilhões de euros) sofrerá cortes entre 7% e 8%. Para os outros ministérios, os cortes alcançam em média 25%.

Em um comunicado conjunto no qual se apresenta o estudo estratégico tornado público nesta segunda, o primeiro-ministro conservador David Cameron e o vice-primeiro-ministro democrata Nick Clegg enfatizam que a nova "estratégia tem por objetivo preparar a Grã-Bretanha para enfrentar uma nova era de incertezas, avaliar as ameaças enfrentadas para afastá-las da melhor maneira".

O preâmbulo do documento inclui uma severa crítica aos 13 anos do trabalhismo no poder.

"Como governo, herdamos uma estrutura de defesa e de segurança totalmente inadaptada ao mundo em que vivemos", escrevem Cameron e Clegg.