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Promotor de polêmica mesquita nos EUA exclui participação estrangeira

NOVA YORK - O promotor de um controvertido centro cultural islâmico, a ser construído perto do Marco Zero de Nova York, confirmou nesta quinta-feira que o projeto prossegue e que só aceitará financiamento americano.

"Não vamos aceitar dinheiro do Irã ou qualquer contribuição de organizações com valores antiamericanos", declarou Sharif El Gamal ao canal de televisão local NY1.

Para El Gamal, "trata-se de projeto americano". "Sou americano. Nasci no Hospital Metodista do Brooklyn. Todos os envolvidos são americanos", afirmou.

Ele também descartou a possibilidade de que o projeto seja transferido a outra parte da cidade, como sugerem os adversários à construção de uma mesquita no local, ao sul de Manhattan.

"Queremos construir um edifício que represente o melhor que Nova York tem para oferecer", explicou. Segundo El Gamal, a campanha para arrecadar recursos ainda não começou, mas há muitos interessados.

A mesquita faz parte de um centro cultural muçulmano projetado a duas quadras de onde estavam as torres gêmeas do World Trade Center, alvo dos ataques de 11 de setembro de 2001 da rede Al-Qaeda.

Os adversários argumentam que construir mesquita tão perto do "Ground Zero" ofende a memória das 3 mil vítimas.