GENEBRA - As cidades com crescimento rápido estão cada vez mais expostas às catástrofes naturais. A afirmação foi feita pela ONU no dia internacional da prevenção de catástrofes.
"Os regimes meteorológicos não são os únicos que têm mudado, as sociedades humanas também evoluíram. Foram urbanizadas", destaca o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em um comunicado.
"Se os terremotos, as inundações e as tempestades eram devastadores antes, são ainda mais em um mundo cada vez mais dominado pela cidade", completa.
Seis das maiores cidades do planeta ficam sobre falhas sísmicas, segundo a Organização. Mais de um bilhão de pessoas moram em localidades de moradias precárias, especialmente expostas aos deslizamentos de terra, tempestades e inundações.
No total, 3.351 cidades estão situadas em zonas costeiras baixas, que podem ser afetadas pelo aumento do nível do mar. Desde o início do ano, mais de 236 mil pessoas morreram em diversas catástrofes e 256 milhões foram afetadas por desastres naturais. Os dados são do Centro de Investigação de Epidemiologia das Catástrofes (CRED).
"Hoje em dia, o planejamento urbano exige maior previsão e atenção frente aos riscos de catástrofe", declarou a representante especial do secretário-geral da ONU para a redução das catástrofes, Margareta Wahlström.
"Casas, escolas e hospitais mal construídos, situados em planícies inundáveis, sobre falhas sísmicas e ao longo de locais frágeis, expõem milhões de pessoas a catástrofes", completou.